domingo, 1 de abril de 2012

Aulas da Karina - Coronel Pilar


DIA 19/03 – 3ª AULA

Para encerrar a atividade prática que estavam realizando, levei algumas imagens que faltavam à eles, já que não houve colaboração (por parte de alguns) quando pedi que levassem as imagens que gostariam de usar. Nesse dia tivemos períodos reduzidos novamente (30 minutos cada), a turma estava bastante agitada, e de alguma forma eu já não estava mais “acostumada” como isso, pois no ensino médio a realidade era bem diferente. Justamente para este tipo de vivência que serve trocarmos de público!




DIA 26/03 – 4ª AULA

Nessa aula concluímos o trabalho e debatemos sobre as respostas que deram ao questionário. Algumas das questões foram:
  • Vocês acham que a maioria de vocês conhece/prefere os mesmos artistas e marcas por quais motivos?
  • O que nos influencia em relação à nossas preferências?
  • Por que muitas vezes desejamos ter as mesmas coisas?
  • Por que a Monalisa, uma obra tão distante de nós, é a que a maioria de vocês lembra?
  • Seria interessante poderem citar alguma outra obra, gostariam de conhecer outras?

Não foi fácil... não posso dizer que houve realmente um debate, pois pouco interferiam um na fala do outro, houveram muitos “porquê sim”. Terei que me empenhar muito para que possamos conversar de forma organizada, acredito que eles não estejam acostumados ainda com esse tipo de proposta. Foi a 1ª tentativa, não vou desistir.

Pude perceber que eles viram que tinham respostas próximas, e que os que não tinham, gostavam de enfatizar que eram “diferentes” dos que tinham. Diante do debate sucinto que foi, partimos para nossa atividade seguinte, que foi a de se unirem em grupos e criarem questionamentos referentes ao posicionamento muito próximo de suas respostas.

Aí o deus-nos-acuda foi maior... o barulho aumentou, mas mesmo assim saiu o trabalho. Eles conversam, fazem, e me deixam zonza com a conversa. Outra questão que muito me incomodou foi o fato de que um aluno, o B... não foi aceito de primeira  em nenhum grupo. A proposta não tinha como acontecer de forma individual, pois justamente enfatizava relacionar o que eu tinha respondido com o que o outro tinha respondido e dessa forma questionar porque isso acontece dessa forma. Tive que a muito custo colocá-lo em algum grupo, e me senti mal com a reação dos colegas dele “contra” a presença dele.

Foi uma aula bem pesada, saí chateada com a conversa, com essa não-aceitação do colega, com a falta de fala no debate quando era necessário. Espero melhoras para amanhã, e fico pensando se quem está fazendo “algo de errado” (?) sou eu...  

2 comentários:

  1. Karina... tu nos trazes tantas coisas para pensarmos nesse teu relato! Coisas que certamente não teremos respostas fechadas, mas que te trarão vivências e experiências incríveis para tua formação. Começando pela questão de experienciar um outro contexto que não o que tu estavas acostumada. Tenho pensado, que entre outras coisas, o estágio serve para nos permitirmos a isso. Não que quando acabares estarás 'pronta' para trabalhar em qualquer turma, em qualquer série... Mas certamente servirá para que tenhas a oportunidade de vivenciar outros-novos desafios e entender que isso faz parte da profissão docente. Tu (junto com eles, claro) é que terão que encontrar um tom próprio, para que a conversa deles e as tuas propostas não 'se enfrentem', mas encontrem um 'caos produtivo'. Quanto a aceitação do 'B...', creio que só pelo fato de tu estares propondo atividades que não exigem resultados 'corretos', mas uma discussão ampla onde cada um oferece o que pode, o que tem para a discussão, tu já estás fazendo a tua parte. Esse diálogo com a diferença é um desafio muito grande para todos nós, não só na comunidade escolar mas em nosso cotidiano. Seguimos conversando... Uma boa semana e um ótimo trabalho!

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  2. Concordo com o Cris, karina, a ideia não precisa ser acertar mas tentar. E, neste sentido te vejo fazendo tentativas, refletindo o que poderias fazer de outra forma.
    Marilda

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