Hoje iniciei meu terceiro
plano de aula, onde o reformulei quase todo, senti essa necessidade, pois como
eu planejei nas férias, o achei um pouco sem sentido agora revendo durante o
andamento das aulas.
Afrodite, deusa que representa a feminilidade
associada à beleza e que empresta o seu cinturão para as outras deusas quando
as mesmas desejam seduzir alguns dos deuses ou heróis do panteão. Heitor e
Aquiles são heróis gregos, ambos confrontados com a escolha de terem que optar
entre a morte precoce, garantia de glória imperecível agraciada pelos deuses ou
a vida longa, submissão ao declínio das forças e à decrepitude da idade.
“É
próprio da mitologia grega a indistinção entre as características humanas e
divinas – o que os diferencia é justamente a imortalidade, da qual são dotados somente os deuses. Tal fato
explica a vontade, tanto do grego comum, como do herói, de escaparem da morte e do envelhecimento, temor
este muito bem ilustrado na seguinte epígrafe da Ilíada: ele morre jovem, aquele a quem os deuses
amam” (TUCHERMAN, 2004, p. 235).
A
imortalidade/perfeição sempre tão almejada, deixou, para nós ocidentais, de ser
assunto religioso para tornar-se matéria de pesquisadores. Nossa crença no
progresso da ciência faz-nos apostar na vitória sobre todas as imperfeições,
carências, sofrimento e até sobre a morte. (VILHENA E MADEIROS, 2005, p. 29)
A partir do trabalho de
ORLAN, é possível se fazer um contraponto entre a cultura grega, a mitologia do
deuses belos e imortais e o culto à
juventude, com a contemporaneidade a tecnologia, a ciência e a constante
modificação do corpo com produtos de laboratório também por um certo medo de
envelhecer e o culto a aparência.
a sociedade do espetáculo
marcada pela VISIBILIDADE, pelo EFÊMERO, o IMEDIATO, e as questões que surgem
independentemente da relevância que a vida e as ações do sujeito possam ter, enfim
um comportamento de aversão com relação aos corpos que desviam do padrão
estético dominante, vinculado a oportunidade de transformação do corpo em algo
novo.
Apresentando o trabalho da
artista ORLAN questionamos a idéia de será que podemos ter esta oportunidade de
“competir” com os deuses: a imortalidade,
o domínio de suas transformações, a escolha de sua aparência, a eterna
juventude?
Com alguns questionamentos
sobre o corpo, a aparência, organizei os alunos em grupos e através de revistas,
jornais, etc. selecionaram 5 imagens com as quais tivessem relação com que
vimos sobre os ideais gregos de beleza, a mitologia e o trabalho de Orlan.
Depois de selecionarem, os
grupos organizaram as imagens numa folha A2.
E como vão continuar na
próxima aula, alguns estão saindo questões muito interessantes como: aparência e transformação, natural-artificial,
juventude e eternidade, beleza, fama e anonimato, desfiguração em cirurgias
plásticas.
Na próxima aula vou
fotografá-los para postar no Blog.
Estou curiosa para ver Luana...
ResponderExcluirabraço
marilda
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