quarta-feira, 13 de junho de 2012

Luana- oitava aula - Escola Maria Rocha


Hoje iniciei meu terceiro plano de aula, onde o reformulei quase todo, senti essa necessidade, pois como eu planejei nas férias, o achei um pouco sem sentido agora revendo durante o andamento das aulas.

 Afrodite, deusa que representa a feminilidade associada à beleza e que empresta o seu cinturão para as outras deusas quando as mesmas desejam seduzir alguns dos deuses ou heróis do panteão. Heitor e Aquiles são heróis gregos, ambos confrontados com a escolha de terem que optar entre a morte precoce, garantia de glória imperecível agraciada pelos deuses ou a vida longa, submissão ao declínio das forças e à decrepitude da idade.

“É próprio da mitologia grega a indistinção entre as características humanas e divinas – o que os diferencia é justamente a imortalidade, da qual são dotados somente os deuses. Tal fato explica a vontade, tanto do grego comum, como do herói, de escaparem da morte e do envelhecimento, temor este muito bem ilustrado na seguinte epígrafe da Ilíada: ele morre jovem, aquele a quem os deuses amam” (TUCHERMAN, 2004, p. 235).

A imortalidade/perfeição sempre tão almejada, deixou, para nós ocidentais, de ser assunto religioso para tornar-se matéria de pesquisadores. Nossa crença no progresso da ciência faz-nos apostar na vitória sobre todas as imperfeições, carências, sofrimento e até sobre a morte. (VILHENA E MADEIROS, 2005, p. 29)

A partir do trabalho de ORLAN, é possível se fazer um contraponto entre a cultura grega, a mitologia do deuses belos e imortais e o culto à juventude, com a contemporaneidade a tecnologia, a ciência e a constante modificação do corpo com produtos de laboratório também por um certo medo de envelhecer e o culto a aparência.

a sociedade do espetáculo marcada pela VISIBILIDADE, pelo EFÊMERO, o IMEDIATO, e as questões que surgem independentemente da relevância que a vida e as ações do sujeito possam ter, enfim um comportamento de aversão com relação aos corpos que desviam do padrão estético dominante, vinculado a oportunidade de transformação do corpo em algo novo.

Apresentando o trabalho da artista ORLAN questionamos a idéia de será que podemos ter esta oportunidade de 
“competir” com os deuses: a imortalidade, o domínio de suas transformações, a escolha de sua aparência, a eterna juventude?

Com alguns questionamentos sobre o corpo, a aparência, organizei os alunos em grupos e através de revistas, jornais, etc. selecionaram 5 imagens com as quais tivessem relação com que vimos sobre os ideais gregos de beleza, a mitologia e o trabalho de Orlan.

Depois de selecionarem, os grupos organizaram as imagens numa folha A2.

E como vão continuar na próxima aula, alguns estão saindo questões muito interessantes como: aparência e transformação, natural-artificial, juventude e eternidade, beleza, fama e anonimato, desfiguração em cirurgias plásticas.
Na próxima aula vou fotografá-los para postar no Blog

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