terça-feira, 19 de junho de 2012

Ana Cláudia - Escrita não acadêmica



Múmias

Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordemNós viemos a reboque, este mundo é um grande choqueMas não somos desse mundoDe cidades em torrenteDe pessoas em corrente
Errar não é humanoDepende de quem erraEsperamos pela vidaVivendo só de guerra
Viemos preparados pra almoçar soldadosChegamos atrasados, sumiram com a cidade antes de nós.Mesmo assim, basta esquecê-la em outro diaTransformando em lataria, tudo que estiver ao nosso alcance
Errar não é humanoDepende de quem erraEsperamos pela vidaVivendo só de guerra
Chega de marra, Chega de farra, Chega de guerraQuem nunca falha, fala, erraSuave te joga a primeira pedraAqui na terra, o bicho te pega, fica violentoMeu raciocínio transformado em racionamentoSó que talento é minha forma de reproduçãoCorta câmera, corta luz que eu continuo em açãoAproveitando nossa liberdade de expressãoRenato Russo,eu,suave e o Biquini Cavadão
Bem aventurados sejam os senhores do progressoEsses senhores do regresso.
Errar não é humanoDepende de quem erraEsperamos pela vidaVivendo só de guerra
Vivendo só de guerraEsperamos pela vidaVivendo só de guerraViemos espalhar discórdiaEsperamos pela vidaVivendo só de guerraConquistar muitas vitórias,Esperamos pela vidaVivendo só de guerraConquistar muitas derrotasEsperamos pela vidaVivendo só de guerra



Toda a relação que criei, unindo os elementos presentes na minha experiência desse semestre se resumem as linhas e entre-linhas dessa música... Afinal, somos bem aventurados de escolhermos essa profissão? De pensarmos no que nos abala socialmente, mentalmente e até espiritualmente ao nos depararmos a realidade do estado/país/mundo.... O que podemos/conseguiremos mudar? E será que vale a pena? Continuo sempre me perguntando... Até onde vou?

Um comentário:

  1. Ana, adorei a música, não conhecia. Me chamou atenção o refrão: "Errar não é humano, depende de quem erra, esperamos pela vida, vivendo só de guerra". Isso me coloca a pensar que errar realmente não é humano, nem sequer o erro seria se pensarmos que cada erro é pautado por uma série de padrões que fazem de uma ação um 'erro', enfim, como a própria música diz, "depende de quem erra". Mas onde estaria o 'erro'? Lanço assim alguns questionamentos para somar aos teus: O que significa 'errar' enquanto docentes que somos? Esperamos pela 'vida' na docência, vivendo de guerras que não têm e não terão soluções pacíficas ou aproveitamos os momentos e condições que temos para fazermos o que podemos, aprendendo inclusive com o que chamamos de 'erros'?

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