segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mauricio Reindolff Dotto - Escrita NÃO acadêmica

Música: "Esse Mundo Não Vale o Mundo"
Artista: O Teatro Mágico
É preciso ter pra ser ou não ser... eis a questão?
Ter direito ao corpo e ao proceder... sem inquisição!
A impostura cega, absurda, imunda... a quem convém?
Essa hetero-intolerância-branca... te faz refém!
Esse mundo não vale o mundo meu bem!
Grita a terra mãe que nos pariu: -parou!
Beleza de natureza vá e vil... cegou!
Ser indiferente ao ser diferente... é sem senso!
Agoniza um povo estatisticamente, seu tempo!
Na maneira, que for!
Na bandeira, na cor!
Colonizam o grão
"as dores da estação"
Somos massas e amostras!
Contaminam o chão:
"família e tradição"
Nossas castas e encostas!
Nossa tristura destemperada!
Nosso parecer!
Esse mundo não vale o mundo meu bem!

______________________
Vale ou não vale?
Realmente é preciso Ter para Ser? ou Não Ser? O que temos nos faz sermos?
Deveres e Direitos, a fala que tenho condiz com quem sou, será? "eu" sou um só, mas sentimentos, tenho muitos... muitos são os "eu".
Assumir uma postura, em cada qual sua necessidade, perante a turma me faz ver o "eu" que sou naquele momento, Arte/educador? Pesquisador? Docente em formação? Aprendiz? Este último creio ser o que mais condiz com o "eu" que mais me identifico.
Na dúvida, sei que nada sei, mas que estou aqui para aprender, sem dúvidar no que acredito, compreender o "eu" que habita em mim, sendo sujeito, tendo afastamento a partir das reflexões sobre as experiências dentro e fora da sala de aula. E por fim, destas inquietações, certezas, necessidades, tantos "eu", pensares e pesquisas, é que me construo e busquei,continuo e procurarei vivenciar tudo isto.

obs: Sentir, creio ser a palavra que expressa muito do que vivenciamos ao longo do nosso percurso no curso de Artes.
Pois a arte nos faz sentir, aguçamos as nossas percepções pelas experiências, sendo elas artísticas e não artísticas,  vivênciadas ao longo de nossa tragetória no cruso e com nós mesmos, e de fato, para mim, é nas circunstâncias inesperadas ou mais emocionais que realmente sofremos um baque, e tendemos a aprender ainda mais com estas, por isto o erro, o incomodo, o que nos desestabiliza de nossa ilha de conforto é que nos força a superar a nós mesmos. Até mais...

Clipe da música http://www.youtube.com/watch?v=i1y7Es1S_oM

2 comentários:

  1. Maurício, essa música do 'Teatro Mágico' e a tua escrita me fazem pensar o quanto o 'eu', esse 'eu' que tentamos a todo o custo suturar em uma entidade única, intransferível, se esfacela pouco a pouco quando nos conectamos com outras problemáticas, quando nos abrimos pra outros 'eus'. Nós (?). Na docência, creio que temos muito a ganhar quando nos abrimos pra esse 'nós'.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exato... e creio mais ainda que no coletivo é onde se propicia o espaço que oportuniza as problemáticas (nas relações entre sujeitos e objetos) e que evidênciamos o "eu" (o devir) em contrapartida a esse "eus" (nós).
      Abraço Cristian... e obrigado pelo tempo em que esteve conosco, creio que digo por todos do grupo, que marcou muito ter sua presença como professor nas disciplinas e colaborador no PIBID. Até quinta... By Mauricio

      Excluir