terça-feira, 19 de junho de 2012

Deise - Escrita "não acadêmica"

A docência
É uma viagem.
Levantamo-nos e saímos de nós
Para a busca do outro ser que no exercício da regência
Nos completa

A docência
É pura rebeldia.
A mistura de múltipla vivência
Até o resultado evolutivo que nos retorna a aprendência
Como meta

O problema do professor
Não deve ser o seu aluno
O aluno é o seu material de ofício
Seu instrumento de trabalho
Sua razão de ser, alma e motor

A dificuldade do aluno
É o nosso caríssimo fermento
O nosso maravilhoso moto-contínuo
A exata razão de ser sempre
Produção conjunta de conhecimento

Requisitos, bagagens, carências, são
Nosso combustível de somas
Humanizando assim a educação
Somos ecléticos em constante mutação

A inclusão social
É o nutrix basal
Pois o ensino é um processo dinâmico-sensorial
Do qual somos importante e indispensável parte
E devemos Inspirar os alunos com amor e arte


A docência
É laboratório de nossa constante criação
Devendo ser sempre uma eterna libertação

E também a nossa constante aprendência.



Autor: Silas Corrêa Leite





DOCÊNCIA SEM DECÊNCIA

 













São tantos exigentes sonhos
Que realmente nos comovem,
Que poucas linhas do destino
Alimentam as discordâncias.

Vivemos caos e perseguimos
A inocência do aprendizado.
Entre o equívoco, o calculado
E o consolo do mal-educado.

Onde as palavras, os números
São óbvios esmeros caminhos
De resto insatisfação e solidão
Sedutora, submissa e canibal.

Um país ignorante, imaculado 
Sofrendo com ambição o mal
Descarta valores aniquilados
Da dignidade, solidariedade!  

Ser professor grande aventura
Liberdade imposta arte ensinar.
Uma paixão cega e não ter cura
Bela defesa praticada por amar.
                
Autor: Emiliano P. Véras

2 comentários:

  1. Deise, vejo as duas escritas que tu postaste em estreita relação, colocando o professor como alguém que faz das coisas que eventualmente não consegue dar conta, uma força motriz para continuar seu trabalho, o qual muitas vezes não é reconhecido como nós, 'defensores' do campo da educação, achamos que deveria ser.
    Me coloco a pensar o que seria um reconhecimento digno nesse campo? Será que um dia estaremos contentes? Espero que, em partes pelo menos, sim... Mas enquanto esse dia não chega, sigo trabalhando e acreditando no que faço.
    Gosto da parte do primeiro poema que diz que a docência é a saída de mim para encontrar o outro... Porém, não diria que ele me 'completa'. Prefiro pensar que ele me transborda.

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  2. Deise, concordo que a discordância é o que nos move a seguir buscando a não nos acomodar...
    abraço
    marilda

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