quinta-feira, 28 de junho de 2012

Mauricio - 11º aula - T:82 - Érico Veríssimo (22/06/2012)

Por fim após tantas coisas, posto sobre a aula do dia 22.
Realizamos a avaliação do trimestre e para onde estaremos encamiinhando as aulas.
A avaliação levantou as seguintes questões.
Da falta de prática fora da sala de aula (sala de artes), mas como haviamos falado anteriomente, na medida do possivel temos aula nela e teremos fora da sala de aula, no pátio e com saída ao museu.
Outro ponto foi o diferencial das aulas, conteúdo, video, mas fora isto de positivo, houve quem questionou a liberdade de fala em sala de aula, que alguns passam conversando e não fazem praticamente nada.
Mas os mesmos quando querem fazem muito, mas em um todo, a turma está muito mais participativa e propondo coisas.
Por fim , passamos a sala de video, onde visualizamos "o que é arte contemporânea" do Rumos, incentivo do itau cultural. E foram indagados a responderem que arte era aquela e o que entendesse por arte?
E a partir das respostas estaremos realizando conceitos para tal e partiremos para um diálogo reflexivo entre o sistema da arte e a arte contemporânea, focando na arte urbana, fotografia, video arte e pop arte.
E em determinado momento uma das educandas aé me perguntou onde se encaixa a "contra arte", tive que fazer um paralelo com a "anti-arte" e que acabei me prolongando um pouco. Mas continuemos... =)

ps: realizaremos a aula no pátio, espero que não esteja chovendo e que não faça frio... =)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Décima aula - Luana


Nesta terça-feira tivemos 1 período apenas e confesso que estranhei muito.
Como tivemos só um período, fiz uma avaliação e uma auto-avaliação, pois já se passaram 10 aulas e ainda não tínhamos conversado sobre o que estamos discutindo, se estão aprendendo.

Eu estava muito angustiada, ao final de cada aula, a cada plano de aula sempre ficava me indagando se realmente as aulas não estavam passando só por um “blá blá blá”, se estão aproveitando as discussões e questionamentos o que aprenderam com os conteúdos e sobre as artistas que vimos até agora, Vanessa Beecroft e Orlan, a cultura grega, a pesquisa sobre publicidade, se fazem relações. Então resolvi fazer algumas perguntas sobre o que já estudamos e o que tem aprendido e vivenciando nas aulas de artes visuais.

Confesso que em partes fiquei muito satisfeita com as respostas, apesar de nunca conseguirmos contemplar a t
urma toda !

Pedi que contassem como estão compreendendo as nossas aulas, de que forma estão percebendo a arte e o assunto que estamos abordando, o que ela nos possibilita, e pedi que avaliassem a sua participação, e como estão se vendo nas aulas. Então vou compartilhar fragmentos das escritas de alguns alunos e como as respostas são diferentes uma das outras.

a aulas de arte tem me possibilitado a partir de um tema e a explicação desse, nos possibilita pensar, avaliar e discutir e compartilhar nossas experiências sobre o assunto apresentado, acho que a arte é pra essas coisas, nos deixar pensar por nós mesmos.”   Escrita da aluna July - Turma I

essa arte do corpo não é algo que estou acostumada a ver, e isso me gerou um questionamento, já que as idéias das artistas e dos tempos como na Grécia  e hoje são bastante diferentes e a  Beleza pra mim não existe um jeito só, pois cada um tem que ser único, com sua beleza pessoal.” Escrita da aluna Lilian

“agora eu compreendo que o corpo faz parte da arte e de outras imagens, e isso me ajudou a olhar de uma outra forma” Escrita do Afonso.

“cada pessoa é diferente e tem uma aparência, cada pessoa é diferente e vai atrás do que acha que é a sua perfeição, e eu vi numa imagem mulheres diferentes como na obra da Vanessa, mas ao mesmo tempo eram todas iguais pelo jeito de se vestir.  E acho que a arte dá novas experiências.” Escrita do Gabriel

“mostrou uma nova maneira de eu ver a imagem humana, com isso comecei a olhar as pessoas diferentes, e o que querem ficar só mostrando para os outros. E a arte abre questões não tão discutidas na sociedade, nos abrindo novas caminhos para o que vemos em outras imagens do dia-a-dia.” Escrita da Valentina

“para mim a aula não é importante, porque nunca gostei de arte e muito menos de aula de arte, e acho que isso depende da forma como cada um vê.” Escrita do Maurício

“apesar de eu não ser atraído por aula de artes, acho que eu compreendo melhor como as pessoas podem se olhar sem ficar buscando resultados e assim como ser bonito é exigido por um padrão que nem todos podem alcançar por não serem iguais, por isso me vejo diferente.” Escrita do Lurian

Aula do dia 26/06 - DEISE


O plano de aula que iniciei na aula passada sofreu muitas alterações. O teor continuou o mesmo, porém a abordagem está se dando de forma diferente. Senti necessidade de reformular algumas coisas. Meu plano estava muito confuso e sem muita relação com as atividades anteriores.
Na aula passada havíamos dialogado questões referentes aos vídeos conforme os recortes dos estudantes. Também destaquei 4 questões para que respondessem e me entregassem.
Na aula de hoje iniciamos conversando sobre estas questões. Como poucos haviam respondido em casa, retomei para que respondessem em aula. Em seguida, inicio uma conversa com a turma de modo que eles pudessem compartilhar suas respostas. Divido o quadro em 4 partes e anoto as palavras que cada um colocou como resposta para as perguntas. Ao mesmo tempo, retornava com outras questões para os estudantes. Nesse momento, pude perceber opiniões ricas e divergentes, a turma participativa e colaborativa. Esta aula funcionou como a aula anterior! Estou me surpreendendo cada dia mais!!! 
Todas estas palavras ficaram no quadro. Com elas e com os materiais que trouxeram de casa os alunos foram instigados a elaborar propostas em duplas. Cada dupla escolheria uma ou mais palavras para nortear a produção plástica.


terça-feira, 26 de junho de 2012

Relacionando Imagens e Gêneros Musicais - Francieli



Como havia sido proposto, os estudantes trabalharam na semana passada em uma proposta de relacionar imagens trazidas por mim à gêneros musicais tendo que  justificar tais relações.
Trago então as contribuições da turma e as discussões geradas a partir da proposta:

 
Moro da Favela - Tarsila do Amaral
Relações propostas pelos estudantes: 
Samba. Porque normalmente as pessoas escutam samba na favela./ Mostra certa liberdade./ A imagem não tem nada a ver com favela.
- Rap. Porque já vem da comunidade da favela e é um sucesso para eles/ Normalmente se encontra esse estilo de música na favela./ Porque a maioria de cantores de rap são da favela.
- Pagode. Pelo formato das figuras, parecem baianos.

Monalisa - Leonardo da Vinci
Relações propostas pelos estudantes:
Música Clássica: Pela  bela cultura. / A imagem é suave e calma. / Pessoas refinadas com classe apreciam esse tipo de quadro. / Porque o quadro é um clássico. / Por ser uma tela de arte. / É uma imagem clássica./ A Monalisa é um quadro clássico antigo. / É um clássico da história./ Leonardo tinha a cara de quem ouvia música clássica.

Kris Kuksi. Ode to Herculaneum.

Relações propostas pelos estudantes:
Rock: Coisas amontoadas e alopradas./ Estilo satânico./ Parecem os símbolos do Rock./ As armas e lanças./ Espadas antigas e loucos./ Espadas.

Madona. Rafael Sanzio
Relações propostas pelos estudantes:
Gospel: Ela parece uma freira./ Parece uma imagem religiosa. / Imagem séria./ Parece a imagem de uma santa./ Traduz a semelhança entre Deus.
Clássica: Pessoas com classe gostam de quadros assim./ É mais um clássico das pinturas.


O Violeiro - Almeida Junior
Relações propostas pelos estudantes:
Sertaneja: Quem toca violão toca música sertaneja./ É uma imagem do sertão.
Forró: O "cara" parece um cangaceiro./ Pelas roupas, chapéu e violão.
Romântica: É uma cena de romance.
Samba: Pela Viola.

O Grito do Ipiranga. Pedro Américo.
Relações propostas pelos estudantes:
Música Tradicional Gaúcha: Porque vejo cavalos e gaúchos./Pelo grito do Ipiranga./ Por ter sido uma grande batalha dos gaúchos./ Os cavalos representam o RS./ Os cavaleiros.
Sertaneja: Por ser emocionante.
Samba: Por ser agitado.

Grafite em Lisboa - Os Gêmeos

Relações propostas pelos estudantes:
Hip-Hop: O grafite faz parte do Hip-Hop e da cultura./Pelo grafite./O grafite está relacionado ao hip-hop./ Esse ritmo fala das ruas./ É da cultura deles
Laçador. Antônio Caringi.
Relações propostas pelos estudantes:
Música Tradicional Gaúcha: Pela imagem de um laçador./Pelo estilo e vestimentas de gaúcho./O grande símbolo do Rio Grande do Sul./Um gaudério com um laço na mão.

 
Intervenção em favelas do Rio de Janeiro. JR
Relações propostas pelos estudantes:
Funk: Na favela o funk é mais popular./ No Rio de Janeiro as pessoas gostam mais de funk./Esse estilo musical é o que mais rola nas favelas./Na favela gostam mais de funk./O funk é mais popular nas favelas.
Pagode: Por ser numa comunidade.
Rap: é típico da favela.

Antes dos estudantes começarem a falar sobre as relações que estabeleceram, construímos em conjunto um significado para a palavra preconceito. Cada um deles contribuiu com alguma frase, que ia sendo escrita no quadro. No final chegamos à várias concepções que levaram à uma questão chave: Dar significado, adjetivos ao que eu não conheço, não vivencio, não tenho experiência. A partir daí solicitei que fossem falando sobre as relações que estabeleceram entre os gêneros musicais e as imagens apresentadas.

Discutimos várias questões apontadas por eles, e tentei encaminhar a discussão à uma percepção coletiva de que por muitas vezes eles criam pré-conceitos acerca do que é uma favela, do que é um gênero musical, das pessoas que ouvem determinado gênero musical ou adquirem determinadas obras de arte.

Também iniciamos uma discussão acerca das obras de arte que saem dos museus, como é o caso do grafite, das esculturas públicas e das intervenções, e que a arte pode ser apreciada por todas as pessoas em todos os espaços. Mas a aula se tornou muito curta para tanta conversa. Foi uma agitação boa, todos queriam falar ao mesmo tempo, coordenei as falas, e logo debates iam sendo criados entre opiniões divergentes sobre os diversos assuntos que surgiram de uma simples proposta de relacionar imagem e gênero musical.
A proposta ainda terá continuidade e as discussões também, até que eu possa perceber que os estudantes estejam realmente refletindo e repensando sobre suas concepções.

Boa Semana a todos!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Aula do dia 19/06 ----- DEISE



Na última terça os objetivos gerais do nosso encontro foram: finalizar as apresentações dos grupos e iniciar um novo plano de aula. As apresentações ocorreram de modo a dar conta das propostas de imagens produzidas por 2 grupos. O grupo dos meninos apresentou uma imagem com a amizade como ponto chave. E o grupo de meninas fizeram uso de fotografias impressas em tamanho A3. Estas fotografias que foram tiradas pelo próprio grupo, depois de impressas, sofreram intervenções com materiais variados de forma a ressignificar os momentos registrados pelas alunas. Cada grupo escolheu um espaço da escola para expor seu trabalho e apresentar para a turma a relação do espaço escolhido com a imagem produzida e o conteúdo da própria imagem.

A outra parte da aula foi o início de um novo plano de aula. Levei para a turma dois fragmentos de vídeos. Um se tratava de uma parte do filme “O Pequeno Príncipe” e o outro, uma entrevista com o artista Nuno ramos. Pedi que ao assistirem os vídeos anotassem uma questão que chamou a atenção de cada um dos estudantes. Ainda a sala de vídeo, discutimos algumas questões apresentadas nos vídeos e retomamos algumas partes sugeridas por eles.

Voltando para a sala de aula convidei para que cada aluno dividisse com o grande grupo a sua questão. Organizei para que falassem de forma que a turma pudesse compreender e discutir cada questão. Abaixo, algumas questões apontadas por eles:

· Um artista importante faz uma obra que é “feia” e vale milhões e outro faz uma “bonita” e não vale nada. Esta mesma aluna diz que não entendeu “o porquê o artista enterrou uma caixa de som se não iria adiantar de nada”. O vídeo do Nuno Ramos não foi muito aceito pelos alunos havendo diversas criticas. Outra aluna diz que não considera o trabalho dele “feio”, mas sim confuso.

· Materiais: fibra e vidro “materiais diferentes e contrastantes”.

· Menino do filme O pequeno príncipe é muito chato.

· Eu não entendi as obras por isso não gostei como ele inventou de colocar uma caixa de som debaixo da terra.

· O menino do filme se parece com irmão de uma aluna tanto fisicamente como no modo de se relacionar com as pessoas. A maioria da turma conhece o menino e concorda.

· A flor que o menino fala que existe no seu planeta e que está ameaçada pelo carneiro, um aluno relaciona uma lei que está para ser aprovada no Brasil para a extinção da raça Pitbull.

· Os desenhos do ator (piloto do avião)

· Um aluno pergunta qual é o significado das obras do artista.

Estas questões, dentre outras, geraram discussões com boa participação da turma. Fiquei muito surpresa com a colaboração e participação da turma!
Na sequência, coloquei algumas perguntas para serem respondidas e entregues individualmente. E, ao final da aula, solicito que cada um traga para o próximo encontro um material alternativo que ainda não tiveram a oportunidade de utilizar para as propostas de artes.

domingo, 24 de junho de 2012

Ana Cláudia - 11ª aula - Coronel Pilar.

Nina Pandolfo



Que pensamentos são esses que estão enraízados e eu não consigo podar...
Volta a insatisfação... o cansaço... desanimo... Será tristeza?
Agora, só gera dúvidas... O que mudar?
Preciso pensar... renovar... De novo, de novo... Mais uma vez, vou lá...

A aula desta última semana me "cansou"... não tanto fisicamente, pois isso atribuo a uma insistente virose que não me larga, mas cansada mentalmente... quase que esgotada... Pensei muito em pedir pra prof. MT assumir a turma neste dia, mas resolvi deixar tudo de lado e ir em frente (justamente no dia em que ela tinha um curso e não poderia ficar todo o meu período)

Senti que a turma estava agitada como nunca, não sei se era meu esse pré-sentimento negativo ou se de fato aconteceu. Continuamos a proposta sobre o Graffiti e seus conceitos, e eu tinha preparado um debate, para que pudemos discutir essas questões sociais que envolve o graffiti e a pichação. Não aconteceu. Me perdi. Não tive condições de levar esse tipo de aula, e optei pela solução que consegui enxergar no momento, que era pular para o próximo passo do plano de aula.

Então propus um trabalho plástico, onde eles criariam um pequeno projeto de um graffiti, onde nesse desenho se pudesse enxergar as questões de: Onde eu escolheria para grafitar em minha cidade? Que desenhos usaria? Qual a razão desses desenhos? Usaria palavras, frase? Quais?

A aula acabou se estendendo... Eles muito dispersos, onde consegui um pouco de diálogo de forma mais individual. Ficou muita coisa pra rever pra semana que vem... Preciso voltar a organizar pensamentos e parar com abalos. Praticamente começar do zero essa proposta.

Assim pretendo...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Jean Oliver - Encontro 08

Em uma sexta-feira fria, continuamos com as atividades...

Agora, mesclando o trabalho dos personagens que eu já havia proposto anteriormente, com uma proposta de construir fantoches, realizada pela prof. Ana Cristina, estamos em momentos de trabalho em conjunto e novos desafios.
Vejo que os educandos atribuíram mais vontade e dedicação aos seus trabalhos neste formato, o que gerou bons resultados, inclusive foi possível identificar que houve reflexões em cima da proposta, bem como do desenvolvimento do trabalho. 
Nesta próxima quarta-feira, postarei algumas fotos da atividade.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Encontros,

Este semestre, diferente dos outros, não desejei encontros com pessoas,
com imagens, com filmes, com autores,
certamente afetada pelas leituras deleuzianas.
Nesse estar em suspense, nessa despretensão,
aconteceram outras coisas pelo caminho,
se produziram outros mapas e
ocorreram encontros com outros corpos.
Me pergunto se, para que haja encontros
é necessário que  ocorra desencontros?
O que fazemos quando somos atraídos por algo
que nos obriga o 'pouso da atenção' e exige de nós 
a reconfiguração do território da observação?
Se perguntamos 'o que é isso'?
Saímos da suspensão e retornamos ao regime da recognição.
Ao que está dado, ao que está posto.
A atitude investigativa do cartógrafo
seria mais adequadamente formulada com um...
'vamos ver o que está acontecendo',
pois o que está em jogo é acompanhar o processo,
e não representar uma situação, repetir uma conversa,
já que, os encontros não se repetem
marilda

Nona Aula - Luana


Na terça-feira damos continuidade aos assuntos da aula passada, onde apresentei a cultura grega, os deuses da mitologia, à relação com a morte, a juventude e a eternidade.Trazendo para também pensarmos hoje o trabalho de ORLAN.

 Nas suas performances cirúrgicas, traz questões como a transformação do corpo, as múltiplas identidades, o  fascínio que provoca no sujeito a possibilidade de transformação do corpo em algo novo não pode ser desvinculado das fantasias que alimentam o sonho do corpo perfeito,  em suas intervenções corporais também discute a relação corpo e tecnologia e algumas provocações  acerca da finitude.

Formaram grupos e selecionaram 5 imagens de revistas e jornais, para relacionarem com o que tinham visto sobre a os gregos e a artista ORLAN. Fotografei o trabalho deste grupo,  as suas relações e as escolhas das imagens, trazendo assim algumas palavras-chaves: “corpo e juventude” para procurarem as imagens, como se pode ver nas fotografias a seguir.






No segundo período, todos os grupos apresentaram as suas imagens escolhidas, as relações e como se interrogaram ao pesquisar. 

Foi interessante perceber o quanto a aula ficou mais rica com essa troca de experiências pelos grupos, pois apesar do propósito da aula ser o mesmo pra toda turma, cada grupo trouxe imagens diferentes, questões diferentes e ainda a apresentação dos cartazes nos possibilitou ver isso com mais nitidez. 


terça-feira, 19 de junho de 2012

Nairaci - Escrita não acadêmica


À beira da glória
Não há motivo para você e eu ficarmos sozinhos
Essa noite é, baby, essa noite, é, baby
Mas tenho um motivo para você me levar para casa essa noite
Preciso de um homem que transforme erros em acertos
Essa noite é, baby, essa noite, é, baby
Bem no limite é que é o nosso lugar essa noite

Está quente pra sentir a adrenalina
De trazer o perigo para o nosso lado
Eu vou correr direto para, para o limite com você
Onde nós dois podemos nos apaixonar

Estou à beira da glória
E estou pairando sobre um momento de verdade
Estou à beira da glória
E estou pairando sobre um momento com você
Estou à beira, à beira, à beira, à beira, à beira, à beira, à beira
Estou à beira da glória
E estou pairando sobre um momento com você
Estou à beira com você

Outra dose antes de beijarmos o outro lado
Essa noite, baby, essa noite, é, baby
Estou à beira de algo final que chamamos de vida essa noite
Certo, certo

Coloque seus óculos escuros
Pois vamos dançar nas chamas
Essa noite, é, baby, essa noite, é, baby
Não é um inferno se todos souberem meu nome essa noite
Certo, certo

Escolhi esse vídeo e essa música por ter muito a ver com o que venho trabalhando, mas principalmente por falar muito de mim e de como me sinto mudando totalmente a minha vida quando decidi fazer esse curso. É como se tivesse procurado o perigo, correndo riscos de erros e acertos e muitas vezes sinto a adrenalina antes de estar frente aos estudantes, de tentar dar conta, o melhor possível, das propostas  dos Estágios e PIBID. Essa música fala de glória, de verdade, de dançar nas chamas, a vida pra mim é isso, sem deixar de cuidar do que conquistei, enfrentar novos desafios pra ir somando as vitórias e as conquistas que a vida vai me dando.


Retomando o blog...

Olá!
Bom, começo minha postagem assumindo minha ausência por aqui, peço desculpas, porém por mais bizarro que possa parecer, sinceramente, eu esqueço de postar. Na verdade eu até me lembro, claro, mas daí lembro que tenho outra tarefa pra fazer ou, tal trabalho que preciso entregar pra ontem... e penso: "em seguida eu posto..."E quando vê se passam os dias e as semanas...Tantas coisas pra fazer, tantos outros compromissos que nos consomem...mas isso é com todos, sempre teremos milhões de coisas pra fazer e sempre teremos de dar conta (talvez não, quando se trata de algo mais particular, mas em se tratando de uma proposta lançada a nós, então o mínimo que se espera é que demos conta), mas em fim...Será que esqueço por que estou tão atarefada, atucanada com final de curso, etc...?? Pode ser, não excluo essa hipótese, até por que sempre procurei ser responsável com meus compromissos e propostas solicitadas...mas me coloco a pensar sobre por que esquecemos certas coisas, talvez queremos esquecer...não no sentido de que fizemos propositalmente,entende, mas acho que o esquecimento que fez me ausentar no blog, foi uma certa "desvontade" de ficar entrando aqui e relatando as aulas toda semana... acho que um certo desprazer (não sei se seria a palavra mais adequada) tomou conta....Porém, sei que nem tudo na vida vai nos agradar, ou vamos concordar, ou será prazeroso..etc...Em fim, apenas quis ser sincera, não quero aborrecer ninguém, mas senti necessidade de escrever sobre isso... sobre não ter postado mais e foi por isso mesmo, por puro esquecimento, esquecimento esse que se sustenta numa certa desmotivação com a proposta...Acho que foi isso...mas continuemos...Vamos retomar....

Bom, fazendo uma breve escrita sobre o andamento das aulas...nas últimas semanas viemos discutindo com os estudantes sobre o "conceito" narrativas. Partimos do texto "O que é narrativa?" Os estudantes dialogaram e também construímos, juntos, um breve relato de um possível acontecimento cotidiano, na qual iniciou-se com a frase: "ontem a noite fui num bar..." e por aí os estudantes complementavam a história e em seguida da mesma história que eles criaram contei-as de formas diferentes e levantamos os pontos que fizeram ela ser diferente, ou seja, uma mesma história pode ser contada de várias maneiras, assim como pode haver também diferentes percepção sobre uma mesma coisa, não como ponto de vista, mas como falas e enunciados que remetem nossa percepção de mundo, ou valores culturais, sociais, etc...mais ou menos nesse sentido... Esse diálogo foi para sintetizarmos o que seria "história" (o que é contado) e o que seria o "discurso" (o como é contado). Aqui, a ideia do discurso foi utilizado assim, de maneira breve para que os estudantes fossem se aproximando do conceito, da temática narrativa e o que ela pode abarcar....algo apenas para dar início a conversa, digamos assim...Foi uma aula bem legal, os estudantes ficaram presos a história e quais as possibilidade que inventara para dar o enredo etc...sendo que eles ajudaram na construção...
Também começamos um diálogo sobre como percebemos nosso cotidiano, problematizamos o que costumam fazer no dia a dia...o acesso a internet foi unanime...falamos sobre o que costumam acessar, sobre suas postagens no face, etc...relacionando suas falas como uma forma de narrativa, tanto quando me contam sobre seu dia a dia, como pelas publicações que fazem na rede, o que se mostram, o que escondem...o que falam deles....surgiu também sobre o bairro onde moram...o que eles vivenciam ali, o que percebem nesse cotidiano das ruas...será que todos  vêem a mesma coisa? Será que prestamos atenção nos lugares por onde passamos? Que experiências eles tem no bairro onde moram, na rua...? O diálogo ficou num alvoroço, pois começaram a falar sobre o bairro do colega que é mais perigoso ou não, levantaram também a questão de que nem sempre por que ouvimos falar mal de um lugar ele seja de fato assim....e por aí seguimos dialogando para então propor o trabalho que faremos com fotografias...Agora relembrando que anteriormente eles buscaram imagens "prontas" para contar sobre eles, agora eles produziriam essas imagens. Esse trabalho acontecerá nas ruas, próximo a escola até a proximidade do centro  (pela Av. Rio Branco) Onde os estudantes construirão suas narrativas através da fotografia. A ideia é pensar o que posso contar desses lugares? Como vejo esse lugar, esse espaço? Que pessoas (personagens) são essas que transitam ali? O que me chamou a atenção que não tinha percebido antes? Que narrativa posso criar a partir do que estou experienciando nesse lugar?? E como vou contar isso?? De que forma vou contar as coisas que quero dizer, que estou vendo, ou que estou experienciando...etc...
Bom, essas são algumas das problematizações para pensarmos a proposta. Isso acontecerá na aula de amanhã, consegui trocar os períodos com dois professores, então poderei realizar o trabalho no período de aula mesmo (pois anteriormente estava previsto para um horário a tarde, mas visto que muitos estudantes poderiam se ausentar, propus a troca com os professores)...

Bom, sei que foi um resumão das últimas semanas, agora é aguardar como será o encontro com a turma amanhã e as narrativas que serão criadas...
Até mais a todos!
Luise

História da London Eye - "Escrita não acadêmica"



POR FLORENCE



Esta foto, tirei em uma viagem que fiz a um tempo para a cidade de Londres na Ingraterra. A roda gigante da foto, lá tem outro nome, o de "LONDON EYE" que significa "olho de Londres".
Esta roda  me marcou e me chamou muito a atenção na viagem, ela tem esse nome "olho de Londres", pois as pessoas que andam nela tem a visão de praticamente toda a cidade e eu vivi essa experiência de enxergar a cidade, como um todo, mesmo sendo ela um local com muita diversidade, pessoas de todo o mundo, com culturas e experiências diferentes, vivendo momentos diferentes em um mesmo local,  assim é praticamente impossível tentar ver Londres como uma unidade, uma vista ... em fim uma coisa só.


Hoje faço o exercício de tentar andar na London Eye da minha própria vida. Como enxergar as minhas experiências, o meu próprio exercício de docência, de troca com o grupo do estágio, como observar todas essas vivências de fora? reavaliá-las, revisitá-las,  resgatar algumas preciosidades deixadas para trás.
 Nossa! que exercício difícil esse de tentarmos nos exergar de fora, de um lugar mais alto, ditanciado, de onde podemos enxergar todos os detalhes, todas as falas,  as precipitações, as aprendizagens e as experiências, todas tão distintas, porém dentro de um só corpo em uma só pessoa.


Fazendo este exercício volto a pensar uma outra visualidade que já postei  junto ao meu diário, que diz muito a respeito do enfrentamento entre tantas diversidades vivenciadas no processo de docência. 
Seria música "Felicidade"  de Macelo Jenci


Destacando o trecho da música


"Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz.
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias vão pra nunca mais.



http://letras.mus.br/marcelo-jeneci/1524699/

"Escrita não acadêmica" Marcos Cichelero

Aprendendo a aprender.

"Escrita não acadêmica"

Carina Plein
Trecho do filme Curtindo a vida adoidado


Priscila "escrita não acadêmica"

Estudo ErradoGabriel O Pensador
Eu tô aqui Pra quê? Será que é pra aprender? Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer? Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever A professora já tá de marcação porque sempre me pega Disfarçando espiando colando as prova dos colegas E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!" Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde Ou quem sabe aumentar minha mesada Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)Não. De mulher pelada A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)A rua é perigosa então eu vejo televisão(Tá lá mais um corpo estendido no chão) Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação - Ué não te ensinaram? - Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil Em vão, pouco interessantes, eu fico pu.. Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio (Vai pro colégio!!) Então eu fui relendo tudo até a prova começar Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprovaDecorei toda lição Não errei nenhuma questão Não aprendi nada de bom Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi Decoreba: esse é o método de ensinoEles me tratam como ameba e assim eu não raciocino Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos Desse jeito até história fica chato Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente E sei que o estudo é uma coisa boa O problema é que sem motivação a gente enjoa O sistema bota um monte de abobrinha no programa Mas pra aprender a ser um ingonorante (...) Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir) Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste - O que é corrupção? Pra que serve um deputado? Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso! Ou que a minhoca é hermafrodita Ou sobre a tênia solitária. Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...) Vamos fugir dessa jaula! "Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?) Não. A aula Matei a aula porque num dava Eu não agüentava mais E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam (Esse num é o valor que um aluno merecia!) Íííh... Sujô (Hein?) O inspetor! (Acabou a farra, já pra sala do coordenador!) Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar E me disseram que a escola era meu segundo lar E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre! Então eu vou passar de ano Não tenho outra saída Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida Discutindo e ensinando os problemas atuais E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais Com matérias das quais eles não lembram mais nada E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada
Manhê! Tirei um dez na prova Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprovaDecorei toda lição Não errei nenhuma questão Não aprendi nada de bom Mas tirei dez (boa filhão!)
Encarem as crianças com mais seriedade Pois na escola é onde formamos nossa personalidade Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios Quem devia lucrar só é prejudicado Assim cês vão criar uma geração de revoltados Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...


http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/estudo-errado.html#ixzz1yHr6Yc4J

A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. É preciso encontrar as coisas certas da vida, para que ela tenha o sentido que se deseja. Assim, a escolha de uma profissão também é a arte do encontro, porque a vida só adquire vida, quando a gente empresta a nossa vida, para o resto da vida.

Vinícius de Morais


Retornando (Francieli)



Bem, eu havia deixado de postar nesse espaço. Não por preguiça, ou por qualquer motivo do tipo. Eu simplesmente não me sentia bem. Não queria fazer algo engessado, postando apenas questões superficiais, mas por outro lado também não queria expor minhas angústias. Dei um tempo e estou retornando para relatar como foi esse período.

Estou á duas semanas sem dar aulas no Érico, devido ao conselho de classe e ao feriado. Nesse tempo senti uma quebra, sei que teremos que retomar algumas questões.

Voltando algumas semanas...

As aulas estavam "indo muito bem". Tudo muito calmo com aquela turma que todos os professores tentam me convencer de que não é fácil. Comecei a tentar entender o porque dessa situação, em minhas aulas havia participação de todos, até mesmo dos que eram tachados de bagunceiros. Bem, eles fazem uma grande algazarra sim, mas ela é tão produtiva... que eu me sinto realmente bem com aquela turma.

Durante as semanas que passaram finalizamos a proposta das estampas a partir das letras de músicas. 

Estavam todos muito envolvidos a partir da primeira aula em que começaram a desenvolver a proposta, mas como ficamos 4 semanas trabalhando na mesma atividade, alguns dos estudantes acabaram se perdendo no processo e fazendo os trabalhos superficialmente, de maneira que acabassem logo para obter a bendita nota... Dessa proposta surgiram os trabalhos abaixo:



Nem todos puderam terminar os trabalhos em aula, então propus que fizessem em casa e trouxessem na próxima semana. Todos sabemos o que aconteceu: ninguém fez o trabalho em casa. Não dei continuidade pois a proposta estava se arrastando à um mês e eu percebia que estávamos apenas desenvolvendo uma prática sem reflexão alguma. Dessa forma estabeleci a entrega para os que não tinham acabado para a próxima semana e segui com os planejamentos...

Como estávamos tratando de música, propus que os estudantes falassem sobre as músicas que ouvem, os gêneros musicais, e suas relações com seu cotidiano. De princípio não conseguiam estabelecer relações (evidentes no próprio trabalho feito nas aulas anteriores), mas questões interessantes forma surgindo, na medida em que se criavam debates dentro da sala de aula sobre os gêneros musicais.

Na medida em que iam expondo suas preferências e suas críticas sobre gêneros musicais se estabelecia um debate acerca dos diferentes gostos, das concepções que tinham:
- Não gosto de funk, as letras são horríveis.
-Bem eu gosto de funk, e não é pela letra, mas pela batida.
- Pagode é coisa de favela, a televisão diz isso.
- Gosto de rap, tem haver com a minha vida, fala de coisas que eu vivo.

Essas são apenas algumas das questões que surgiram. Porém esse debate criado ficou no que eu pude entender mais tarde como a primeira etapa do ensino problematizador, o qual eu me proponho a desenvolver. 

O Ensino Problematizador advém de uma vertente de crítica ao sistema de ensino tradicional, e busca desenvolver um processo de ensino-aprendizagem baseado em três ações fundamentais que são: a identificação de um problema, o entendimento do problema e a busca de soluções para ele.

No caso identificamos um problema que é a divergência de opiniões sobre os gêneros musicais, mas os estudantes não perceberam ainda que há um certo preconceito deles sobre os gêneros musicais que os colegas gostam ou não. Dessa forma então pensei em como evidenciar para eles que seu pensamento poderia ser menos fechado e que poderiam pensar de outra forma, a fim de entender a posição dos colegas.
Para isso eu precisaria evidenciar esse preconceito.

 Levei então a eles, por sugestão da Marli, que está orientando meu projeto, imagens de obras de arte e pedi que relacionassem as imagens com os gêneros musicais da coluna ao lado justificando essa relação. 

O trabalho ainda está em andamento, e junto dele os estudantes estão montando uma colagem, na qual eles representam os Gêneros musicais que gostam ou não... Na ultima aula eu propus que pensassem em imagens que representassem esses gêneros musicais. Na próxima aula iremos discutir o que já foi feito, falaremos sobre a relação que estabeleceram entre as obras e os gêneros, e dessa forma veremos se suas concepções podem mudar ou não. A sequência será dada a partir de uma retomada dessa colagem, de modo que possam introduzir nela suas novas opiniões (que podem ser diferentes ou iguais às iniciais).

O tempo em que parei de escrever nesse espaço estive escrevendo sobre as aulas em um outro formato: minha monografia. Muito diferente, pois lá não descrevo meus sentimentos...

E o que estou sentindo...
Nunca pensei em ser professora (nem mesmo aos seis anos de idade quando minha professora da primeira série me disse que eu não seria outra coisa senão professora). Me vi em situações difíceis, e que em todo tempo eram ocasionadas por mim mesma. Pisei no freio, me tornei menos ansiosa e deixei as coisas acontecerem naturalmente. E nesse tempo tive medos, mas procurei enfrentá-los de forma serena e tranquila. O resultado: Hoje dou aula para a turma a qual dizem ser problemática, e não tenho reclamação nenhuma deles. São excelentes alunos, participativos, alguns nem tanto, mas fazem pelo menos mais que o mínimo. 
Já até cheguei a pensar que o problema pudesse ser eu, talvez eu não estivesse sendo rigorosa o suficiente... mas depois da ultima aula percebo que não. Quando uma aluna me mandou tomar naquele lugar, eu não senti ódio dela e a mandei para a direção, eu a entendi, e tentei fazer com que ela me entendesse. Fazer com que ela entendesse que as suas notas eram sua responsabilidade, e que eu não poderia fazer nada por ela, era ela quem deveria querer melhorar. O resultado, em menos de 3 minutos ela me pediu desculpas espontaneamente e disse que entendia... e tudo ficou bem. E eu penso, porque era tão difícil eu entender isso à um ano atrás?
Por medo, insegurança... Medo de gostar de ser professora, insegurança de agir naturalmente...
Ainda sinto um vazio nas aulas, uma sensação de que eles não estão aprendendo nada... mas ela está diminuindo... Estou tendo mais coragem de levantar questionamentos em aula e ter paciência para que comecem a se manifestar... e as coisas andam devagar, mas andam....

BOA SEMANA A TODOS!!!

Luana- Escrita não acadêmica


Durante o percurso muitas dúvidas nos acompanham ao destino
Mas  soma-se algumas certezas, mesmo sendo forçoso concordá-las...
Nosso itinerário traçamos a lápis
Como algumas dessas notas de viagens repentinas
E ao inesperado se tenha coragem de acolher as estranhezas do caminho
Talvez assim inventamos novas manobras para se deslocar no infinito
E nos descobrimos ansiosos
Ensaiando rotas antigas  de como ser e como agir
Mesmo sabendo que o acaso  também nos deixa a experiência do sentir
E descobrir-se talvez seja como abalar o que já se tem percorrido...
Reconstruir com aquilo que já foi unindo com o que está porvir
O bom é ir com prazer aos encontros inesperados
Pois quando viajamos vamos à busca de outros lugares e culturas
Ao visitarmos  mundos que jamais imaginávamos encontrar
Com o tempo vamos enfrentando os desvios de caminho
Perde-se ou se  Avança.
Encontramos locais que não estavam no trajeto escolhido
As viagens não acabam enquanto os viajantes querem viajar
Ou prolongam-se na Memória ou em narrativa...
Há um tempo para o aprendizado acontecer
 e – quem sabe-  mais um tempo ainda
para nos desvendar
Descobrir- nos como viajantes, atores dessa nau que se movimenta pelos efeitos das manobras pelas quais vamos passando, sentindo...
Pois tenhamos além da docência,
Uma doce ciência, daquilo que nos faz vir a ser o tempo todo:  aprendizes!


Fiz este textinho, pensando nas minhas experiências do Estágio.

Luana. 

Sobre os pedaços que nos faltam – e que continuem faltando.. por Karina


“É na verdade uma historinha sobre um círculo [...] que faltava um pedaço. Um grande triangulo, assim, que foi arrancado desse círculo. O círculo ficou [...] triste porque ele queria ser inteiro, agente quer ser inteiro, sem faltar nada. Então ele saiu para procurar o pedaço que tinha perdido. Como ele estava incompleto, e só podia rodar mais devagar, ele admirou as flores do caminho, porque [...] lhe faltava um pedaço. [...] Ficou olhando o sol, encontrou vários outros pedaços diferentes, mas nenhum deles servia naquele pedaço que lhe faltava. Certo dia o círculo vai indo e encontra um pedaço que se encaixava ali perfeitamente. Ele ficou tão feliz, agora seria inteiro! Então incorporou o pedaço que faltava e começou a rodar. Agora ele era um círculo perfeito, podia rodar mais rápido, rápido demais inclusive, rápido demais para notar as flores, conversar com os insetos, olhar o sol. Quando ele percebeu como o mundo parecia diferente ao rodar tão depressa, ele parou, deixou o pedaço na estrada, e foi indo embora, assim rodando mais lentamente. [...] No fundo, no fundo, é bom esperar, é bom nutrir a alma com sonhos, [...] é bom a surpresa de receber algo que agente sempre quis e nunca teve. Quando aceitarmos que a imperfeição ou o que falta é parte do ser humano, e pudermos, a exemplo do circulo, continuar a rodar [...] e apreciar a vida, agente vai, de repente, ter conseguido aquela palavrinha tão difícil, que agente não sabe como conseguir, que é a tal felicidade. [...]

Esta é uma mensagem que a Ana Maria Braga contou em um de seus programas. Aqui o link do vídeo completo, pois fiz alguns recortes.

Ana Cláudia - Escrita não acadêmica



Múmias

Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordemNós viemos a reboque, este mundo é um grande choqueMas não somos desse mundoDe cidades em torrenteDe pessoas em corrente
Errar não é humanoDepende de quem erraEsperamos pela vidaVivendo só de guerra
Viemos preparados pra almoçar soldadosChegamos atrasados, sumiram com a cidade antes de nós.Mesmo assim, basta esquecê-la em outro diaTransformando em lataria, tudo que estiver ao nosso alcance
Errar não é humanoDepende de quem erraEsperamos pela vidaVivendo só de guerra
Chega de marra, Chega de farra, Chega de guerraQuem nunca falha, fala, erraSuave te joga a primeira pedraAqui na terra, o bicho te pega, fica violentoMeu raciocínio transformado em racionamentoSó que talento é minha forma de reproduçãoCorta câmera, corta luz que eu continuo em açãoAproveitando nossa liberdade de expressãoRenato Russo,eu,suave e o Biquini Cavadão
Bem aventurados sejam os senhores do progressoEsses senhores do regresso.
Errar não é humanoDepende de quem erraEsperamos pela vidaVivendo só de guerra
Vivendo só de guerraEsperamos pela vidaVivendo só de guerraViemos espalhar discórdiaEsperamos pela vidaVivendo só de guerraConquistar muitas vitórias,Esperamos pela vidaVivendo só de guerraConquistar muitas derrotasEsperamos pela vidaVivendo só de guerra



Toda a relação que criei, unindo os elementos presentes na minha experiência desse semestre se resumem as linhas e entre-linhas dessa música... Afinal, somos bem aventurados de escolhermos essa profissão? De pensarmos no que nos abala socialmente, mentalmente e até espiritualmente ao nos depararmos a realidade do estado/país/mundo.... O que podemos/conseguiremos mudar? E será que vale a pena? Continuo sempre me perguntando... Até onde vou?

Escrita não acadêmica - .Gli.

"Segundo suas palavras, somos defensores e perpetuadores de uma sociedade que cerceia as pessoas de sua liberdade de sentir?
É claro...professores, líderes religiosos e até amigos, aqueles chamados "amigos", levam o pouco que os pais deixaram. Eles nos impõem sentir apenas o que querem e apenas isso esperam de nós. Querem que desempenhemos o tempo todo para eles. Somos como atores - vagueando por esse mundo como fantasmas...uma busca sem fim para recuperarmos a imagem semi-esmaecida de nossa realidade perdida. Quando os outros nos obrigam a ser o que querem que sejamos, forçam-nos a destruir a que na verdade somos. É uma forma sutil de assassinato...os pais mais adorados e parentes próximos cometem este assassinato com sorrisos nos lábios."

Trecho de entrevista - Jim Morrison - 1967.

Suyan- Escrita não acadêmica


Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade.

Deise - Escrita "não acadêmica"

A docência
É uma viagem.
Levantamo-nos e saímos de nós
Para a busca do outro ser que no exercício da regência
Nos completa

A docência
É pura rebeldia.
A mistura de múltipla vivência
Até o resultado evolutivo que nos retorna a aprendência
Como meta

O problema do professor
Não deve ser o seu aluno
O aluno é o seu material de ofício
Seu instrumento de trabalho
Sua razão de ser, alma e motor

A dificuldade do aluno
É o nosso caríssimo fermento
O nosso maravilhoso moto-contínuo
A exata razão de ser sempre
Produção conjunta de conhecimento

Requisitos, bagagens, carências, são
Nosso combustível de somas
Humanizando assim a educação
Somos ecléticos em constante mutação

A inclusão social
É o nutrix basal
Pois o ensino é um processo dinâmico-sensorial
Do qual somos importante e indispensável parte
E devemos Inspirar os alunos com amor e arte


A docência
É laboratório de nossa constante criação
Devendo ser sempre uma eterna libertação

E também a nossa constante aprendência.



Autor: Silas Corrêa Leite





DOCÊNCIA SEM DECÊNCIA

 













São tantos exigentes sonhos
Que realmente nos comovem,
Que poucas linhas do destino
Alimentam as discordâncias.

Vivemos caos e perseguimos
A inocência do aprendizado.
Entre o equívoco, o calculado
E o consolo do mal-educado.

Onde as palavras, os números
São óbvios esmeros caminhos
De resto insatisfação e solidão
Sedutora, submissa e canibal.

Um país ignorante, imaculado 
Sofrendo com ambição o mal
Descarta valores aniquilados
Da dignidade, solidariedade!  

Ser professor grande aventura
Liberdade imposta arte ensinar.
Uma paixão cega e não ter cura
Bela defesa praticada por amar.
                
Autor: Emiliano P. Véras